Especial Monaco Parte 1: Mr. Mônaco, Graham Hill

Graham Hill, GP de Monaco de 1963

Vocês devem lembrar perfeitamente de Damon Hill, campeão da Fórmula 1 em 1996 pela Williams. Também se recordam de dezenas de citações sobre seu pai, Graham Hill. Pois bem, o velho Graham foi campeão mundial em 1962 e 1968, e foi por décadas o maior vencedor da história do GP de Mônaco.

Faleceu veterano em um acidente aéreo no qual morreram membros de sua equipe Embassy Hill e o também piloto Tony Brise. Graham Hill também é o único piloto da história a conquistar a %22Tríplice Coroa do Automobilismo%22: 24 horas de Le Mans (1972), 500 milhas de Indianápolis (1966) e o GP de Mônaco de Fórmula-1 (1963, 1964, 1965, 1968 e 1969).

Depois de iniciar como mecânico, Graham Hill estreou na F-1 em 1958 na Lotus justamente em Montecarlo, pista que faria sua lenda. Constantemente rápido, logo chamou a atenção da confiável BRM. Foi na equipe inglesa que ele conquistou seu primeiro título, em 1962. E foi ali que ganhou em Monaco por três anos consecutivos: 1963, 1964 e 1965.

Esta última seria sua grande corrida na carreira: largou na pole, liderou por quase toda a corrida quando saiu da pista. Voltou em 5° e foi batendo recordes da pista até superar Jackie Stewart (seu grande rival na época) e Lorenzo Bandini (que morreria ali mesmo dois anos depois) e conquistar a vitória. Foi também a segunda e última vez que um piloto caiu no mar, fato inusitado que ocorreu com Paul Hawkins, da Lotus na volta 79 (ele nada sofreu).

Em 1966, Hill seria o vencedor das 500 milhas de Indianápolis pilotando um Lola-Ford. Depois retornaria à Lotus, no qual seria um dos pilotos do revolucionário carro-turbina. Em 1968, seria campeão pela Lotus depois das trágicas mortes do amigo e companheiro Jim Clark, e do substituto Mike Spence (este nas 500 milhas).

No ano seguinte, Hill e seu companheiro Jochen Rindt (que morreria no ano seguinte em Monza e seria campeão póstumo), sofreriam dois acidentes graves com sua Lotus na mesma pista e no mesmo dia (GP da Espanha em Montjuich). Hill quebrou as duas pernas e Rindt fraturou o crânio. A causa? Quebras nos aerofólios altos que, por causa disto, foram banidos pela FIA.

Hill seria o vencedor das 24h de Le Mans em 1972 e neste mesmo ano começaria o sonho de ter sua equipe. Que seria encerrado em 1975 no acidente áereo ao norte de Londres…

A homenagem é o relato do GP de Mônaco de 1965 (cenas desta corrida foram utilizadas no filme Grand Prix, de John Frankenheimer e com James Garner e Yves Montand):

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