Ferrari F187 - Gerhard Berger (1987)


Esta miniatura é da marca Ixo – La Storia.

Após vários anos a projetar os F1 da McLaren, John Barnard terminou a sua ligação com a equipe de Ron Dennis, o projeto MP4/2 estava esgotado e era agora tempo de iniciar uma nova parceria. Foi com essa ideia que John Barnard, ainda em 1986, chegou a acordo com a Ferrari para projetar os novos carro para a temporada de 1987.

O Ferrari F187, de 1987, teve já a contribuição de John Barnard, que contou também com a participação de Gustav Brunner. A equipe Ferrari manteve o piloto italiano, Michelle Alboreto e contratou piloto o austríaco Gerhard Berger (ex-Benetton) para substituir Stefan Johansson (sueco), que por sua vez rumou para a McLaren. Gerhard Berger tornara-se no último ano num piloto bastante promissor e Enzo Ferrari não perdeu tempo em contratá-lo.

O Ferrari F187 dispunha do motor Ferrari Tipo 033D de 1496 cc com 6 cilindros em V a 90º e debitava 880 cv de potência às 11500 rpm. Os pneus utilizados eram os GoodYear. Foi com uma nova esperança que a equipe Ferrari iniciou a temporada de 1987 tendo em vista apagar a má temporada de 1986, na qual não conseguiu resultados dignos de registo (i.e. sem vitórias, sem pole-positions e sem melhores voltas).

A nova temporada iniciou ainda sob o signo da McLaren, isto porque Alain Prost (francês) venceu o primeiro e o terceiro GP (Brasil e Bélgica); o piloto inglês, Nigel Mansell, da Williams venceu a segunda prova, em San Marino e Nelson Piquet sofria aqui um grave acidente que o afastaria da prova (diz-se que este acidente afetou a sua visão, dificultando a sua capacidade de pilotar). Era com alguma surpresa, ou talvez não, que Prost (bi-campeão) se via em primeiro lugar no campeonato, uma vez que o favoritismo ia todo para a Williams e seus pilotos (Mansell e Piquet).

A Ferrari por sua vez enfrentava algumas dificuldades, apesar de um resultado inicial satisfatório de Berger (4º no Brasil) e Alboreto (3º em San Marino). A temporada iria ser difícil para os homens de Maranello…
Seguiram-se duas vitórias para o brasileiro Ayrton Senna (Lotus) nos GP’s do Mónaco e EUA. Com estes resultados Senna assumia a liderança, enquanto Prost perdia a vantagem inicial; por sua vez Nelson Piquet começava a coleccionar segundos lugares. Na Ferrari, Gerhard Berger voltava a marcar pontos com os dois 4ºs lugares no Mónaco e nos EUA, por sua vez Michelle Alboreto subia ao pódio, 3º lugar no Mónaco.

Os seis GP’s que se seguiram à prova americana foram dominados pela Williams e seus pilotos, que assim se afirmaram como os principais candidatos aos títulos: Nigel Mansell venceu na França e na Grã-Bretanha enquanto Nelson Piquet, que continuava na sua senda de regularidade, terminava em segundo lugar nas duas provas; na Alemanha e Hungria, Nelson Piquet regista as suas primeiras vitórias do ano, assumindo a liderança do campeonato e beneficiando do fato de Mansell não ter pontuado nestas duas provas; no GP da Áustria Nigel Mansell volta às vitórias com Piquet em segundo lugar; no GP da Itália Piquet vence e beneficia com a intromissão de Senna em segundo, à frente de Mansell. Após vários GP’s sem pontuar a Ferrari consegue três pontos com o 4º lugar de Berger… as coisas pareciam querer melhorar para os lados de Maranello.

No GP de Portugal Alain Prost quebrava finalmente o mítico recorde de 27 vitórias de Jackie Setwart, que perdurava desde 1973. Contudo a 28ª vitória de Prost teve a inesperada resistência de Gerhard Berger; efetivamente o piloto da Ferrari fez a pole-position e esteve muito perto de impedir a vitória do francês: Berger assumiu a liderança da prova na segunda volta e só muito perto do final (a 3 voltas do fim) perdeu o primeiro lugar para Prost devido a um pião causado pela pressão que o francês vinha fazendo e pelo desgaste dos pneus do Ferrari. Salvou-se o segundo lugar… Piquet preocupado em amealhar mais pontos terminou na terceira posição.

Nos GP de Espanha e do México a Williams continuou em grande com Mansell a vencer as duas corridas mantendo a esperança de poder bater o seu colega de equipe, Piquet, na corrida pelo título. Desistindo na Espanha, Berger ainda chegou a liderar a prova mexicana mas abandonaria também.
No GP do Japão Nigel Mansell sofre nos treinos um aparatoso acidente que o afastou da corrida; deste modo ficava resolvida a questão do título a favor de Nelson Piquet. Era a conquista do seu terceiro título.
Dando mostras da subida de rendimento da Ferrari, Gerhard Berger efetuou a pole-position e liderou grande parte da corrida nipónica. Com esta vitória a Ferrari quebrou um jejum de mais de 2 anos sem vencer (a última vitória tinha acontecido no GP da Alemanha em 1985). Michelle Alboreto terminou a prova em 4º lugar.

A miniatura que hoje apresento é alusiva a esta vitória de Gerhard Berger no GP do Japão de 1987.

Para terminar o campeonato em grande a Ferrari dominou por completo o fim-de-semana em Adelaide: Berger efetuou a pole-position, liderou todas as voltas e venceu, juntado a isso a melhor volta da corrida; Michelle Alboreto “herdou” o segundo lugar depois da desclassificação de Ayrton Senna. Um resultado de sonho para a Ferrari, dando excelentes indicações para o campeonato de 1988… que não passariam disso mesmo, como todos nós sabemos.

A Williams conquista o título de construtores e Nelson Piquet sagra-se campeão. A Ferrari termina o ano na quarta posição, sendo Gerhard Berger o 5º classificado com 36 pontos (2 vitórias) e Michelle Alboreto o 7º com 17 pontos.

Os pilotos do Ferrari F187 em 1987 foram: Michele Alboreto #27 e Gerhard Berger #28.
Vitória: 2 (G. Berger: 2)
Pole-position: 3 (G. Berger: 3)
Melhor volta : 3 (G. Berger: 3)

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