Brasileiros e estrangeiros falam sobre o tricampeão, falecido há 17 anos
Pilotos de corrida geralmente tendem a evitar hospitais e cemitérios, lugares que lhes lembram dos perigos do esporte. Mesmo assim, o bicampeão da IZOD IndyCar Series, Scott Dixon, foi até o Cemitério do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, onde o corpo de Ayrton Senna está enterrado, para prestar uma homenagem ao tricampeão mundial. Neste domingo, 1º de maio, data da Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé, completam-se 17 anos da morte do piloto brasileiro, em 1994, no circuito de Imola, na Itália.
"Eu dei uma passada para ver o túmulo do Senna. É um lugar calmo em uma cidade movimentada. Ele era uma lenda", escreveu o neozelandês em seu Twitter.
Senna continua sendo um herói para muitos pilotos do mundo todo, e ainda mais em seu país de origem. O fato de a corrida acontecer no 17º aniversário de sua morte gera motivação extra aos cinco brasileiros que estão na pista neste fim de semana. "Seria uma vitória muito importante, porque ele foi um herói não só para mim, mas para todo o Brasil", disse o tricampeão das 500 Milhas de Indianápolis, Hélio Castroneves. "Vencer neste domingo seria memorável para mim, não só por vencer no Brasil, mas num dia que traz emoção a muitos brasileiros. E vou fazer todo o possível para conseguir", afirmou.
Assim como Castroneves, Bia Figueiredo considera Senna um ídolo, apesar de ter se iniciado no kart poucos meses antes da morte do tricampeão. "Senna significa muito para mim", contou Bia, que é paulistana, como Senna. "Ele ainda é uma grande referência quando eu penso no esporte. Nós ainda assistimos suas corridas em vídeo e podemos ver sua determinação e foco quando ele corria. Ele ainda é um grande herói no Brasil, e todo mundo se lembra do seu aniversário e da data em que ele nos deixou. Correr no dia 1º de maio e talvez ganhar a corrida no país será a forma perfeita de agradecer a ele por tudo que fez por nós", apontou.
Vitor Meira vai fazer uma homenagem bastante pessoal a Senna durante a corrida. O brasiliense da equipe AJ Foyt pediu para a Art Mix, que pinta seus capacetes, pintar imagens de Ayrton na parte traseira do capacete que vai usar na corrida. Os desenhos gravados na peça são do designer canadense Mario Rotondo. "Sempre fui fã do Ayrton, e tenho certeza de que ele também está no coração de grande parte dos pilotos aqui. Nós nunca esquecemos dele", falou.
"Lembro muito bem do dia 1º de maio de 1994, quando infelizmente ele faleceu", recordou Meira. "É apenas uma maneira de dizer que ele ainda está em nossas lembranças. Eu o coloquei no meu capacete e queria fazer alguma coisa individualizada, por respeito ao que ele significou para mim", disse.
fonte: XYZ Live
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